Sistema de Balizagem Marítima
Desde do início da navegação maritíma que se sentiu a necessidade de assinalar perigos, entradas de barras e portos, etc. Até ao século XIX estas marcas não eram sistematizadas, e variavam bastante de país para país, e mesmo dentro do mesmo país de porto para porto.
A sistematização da balizagem foi distrubuído pelo mundo desde as nações europeias para as suas colónias, com a excepção dos Estados Unidos que desenvolveram o seu próprio sistema. Esta situação, a existência de vários sistemas, causava vários problemas à navegação, e eram frequentes as situações em que mesmo os marinheiros mais experiêntes se enganavam.
Para obviar esta situação, a Associação Internacional de Sinalização Marítima (International Association of Marine Aids to Navigation and Lighthouse Authority
IALA), produziu um projecto de balizagem universal, que foi adoptado na reunião de Tóquio em 1980.
O Sistema de Balizagem Marítima – IALA divide o mundo em duas áreas (A e B), harmonizando a informações contidas nas bóias, e como esta deve ser lida:
- marcas cardinais – marcas que indicam onde estão as águas mais profundas.
- marcas laterais – marcas que indicam o bordo a dar por uma embarcação ao entrar numa barra, porto, doca, etc.
- marca de perigo isolado – marcas que indicam perigos isolados em águas de outra forma limpas.
- marca de naufrágio – marcas que indicam navios naufragados ou cabeços de areia.
- marca de águas limpas – marcas que indicam águas sem quaisquer perigos em seu torno.
- marca especial – marcas que indicam ODAS, esquemas de separação de tráfego, etc.
Norte (N)
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Oeste (W) |
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Este (E) |
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Sul (S) |
as marcas laterais são balizas colocadas na entrada, e no percurso, de um canal de navegação que indicam ao piloto ou ao navegador o qual a rota a seguir.
as marcas laterais são colocadas, e lidas, a partir da entrada do canal que sinalizam, no sentido alto-mar → destino.
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CANAL PRINCIPAL (Região A) |
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Canal principal a Bombordo | Ritmo da luz |
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Canal principal a Estibordo | Ritmo da luz |
As marcas de perigo isolado, como o nome indica, assinala um perigo, independentemente da sua natureza (escolho, naufrágio, etc) numa zona de águas limpas. Esta marca é igual na Região A e B. Cor: Preta com uma ou mais faixas horizontais vermelhas. Forma: Cilíndrica. Marca: Duas bolas pretas sobrepostas. Luz: Branca com dois relâmpagos. |
Ritmo da luz |
Bóia de emergência para a sinalização de naufrágios e perigos novos, conforme à recente Recomendação IALA-AISM nº O-133 de Dezembro de 2005. Esta marca é igual na Região A e B. Tal como o nome indica, a marca de naufrágio a assinalar um naufrágio, podendo estar localizada no ponto mais alto do mesmo, ou podem ser dipostas várias a delimitar a zona de naufrágio. Cor: Faixas vertical em igual número e dimensões em azul e amarelo (mínimo de quatro faixas e máximos de oito faixas). Forma: Cilíndrica. Marca: A marca de topo, se houver, deve ser uma cruz vertical amarela Luz: Relampagos de um segundo (RL(1s)) Azul e Amarela alternadas a um intervalo de 0,5 segundos, com um alcance nominal de 4 milhas náuticas. |
Ritmo da luz |
Eixo do canal. Devemos dar sempre bombordo |
Ritmos da luz |
Não tem por fim ajudar a navegação. Podem indicar zonas de fundear, exercícios militares, zonas de despejos, etc. |
Segundo o Sistema de Balizagem Marítima – IALA, a região B engloba a totalidade do Continente Americano, o Japão, Coreia e as Filipinas, enquanto o resto do mundo pertence à região A.
A diferença maior entre as duas regiões é na leitura das marcas laterais, conforme se pode ver nos desenhos abaixo.
Região A (A embarcação tem de dar bombordo à marca/luz encarnada) |
Região B (A embarcação tem de dar bombordo à marca/luz verde) |
NOTA: o espaço entre as bóias corresponde ao sentido convencional de balizamento, ou seja, as marcas estão colocadas como se estivessemos a entrar num canal.
As figuras em baixo, mostram diversos exemplos das aplicações das marcas previstas no sistema de balizagem marítimo para a região A.
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